Engenharia de Biotecnologia
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Navegando Engenharia de Biotecnologia por Autor "Taides Tavares dos Santos"
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- ItemFungos em grãos de milho e soja armazenados: contagem padrão e avaliação de atividade enzimática(2023-06-28) Eduarda de Macedo Silva; Taides Tavares dos SantosA soja [Glycine max (L.) Merrill] e o milho (Zea mays L.) são importantes culturas para o agronegócio brasileiro, sendo sua cadeia de produção responsável por gerar emprego e renda. Quando armazenados inadequadamente, estes grãos ficam suscetíveis a insetos, bactérias e principalmente fungos. Os fungos são capazes de provocar a deterioração de grãos de milho e/ou soja no período de armazenamento, destacando-se os do gênero Aspergillus spp., Fusarium spp. e Penicillium spp. Esses fungos, além de causarem severos danos aos grãos armazenados, são conhecidos também pelo seu elevado potencial de produzir micotoxinas. Apesar dos malefícios associados aos fungos, estes são apreciados do ponto de vista biotecnológico, pela capacidade de produzir uma grande variedade de enzimas hidrolíticas, como amilases, celulases, lipases, pectinases, proteaeses, entre outras. Tais enzimas vêm sendo aplicadas em uma ampla variedade de processos industriais, como na produção de alimentos como queijos, na indústria têxtil, na produção de detergentes, dentre outros. Diante disso, o presente estudo, objetivou avaliar presença de fungos em amostras de grãos de milho e soja no período de armazenamento e caracterizá-los quanto ao potencial de produção de enzimas celulolíticas e proteolíticas. Através da caracterização morfológica, foi possível agrupar os isolados em 35 morfotipos diferentes de fungos filamentosos e 3 morfotipos de fungos leveduriformes nas amostras de soja e milho. Por meio de microcultivo, foram identificados três gêneros como Aspergillus spp., Curvularia sp. e Penicillium spp. Doze morfotipos mais frequentes foram selecionados para realização do ensaio de atividade celulolítica e 10 para teste de atividade proteolítica. Foi observado que os fungos filamentosos que testaram positivo para produção de celulase, tiveram Índice de Razão Enzimática (IRE) variando entre de 1,06 e 2,57 (média ± desvio padrão =1,37 ± 0,48). Enquanto que para a atividade proteolítica apenas os fungos isolados da soja testaram positivo, com IRE igual a 1,21 ± 0,01. Foram encontrados fungos com potenciais para produção de enzimas proteolíticas e celulolíticas, estes representam potenciais fontes para aplicação em processos industriais.
- ItemSeleção de estirpes de fungos endofíticos do Pequizeiro (Caryocar coriaceum Wittm) para controle de fitopatógenos em diferentes condições de crescimento(2024) Edielma de Oliveira Lara; Taides Tavares dos SantosFungos endofíticos são microrganismos específicos que residem em tecidos vegetais, estabelecendo uma simbiose mutualística sem causar sintomas patogênicos ou danos ao hospedeiro. Essa simbiose promove o crescimento das plantas, conferindo-lhes resistência contra patógenos e estresses ambientais, além de melhorar a absorção de nutrientes e a tolerância a condições adversas. Esta pesquisa investigou a diversidade e o potencial biotecnológico de fungos endofíticos associados às folhas e frutos do pequizeiro (Caryocar coriaceum Wittm), focando na seleção de estirpes adaptadas a fatores ambientais e em campo. Dez isolados de fungos endofíticos do pequizeiro, integrantes da coleção de culturas microbianas do Centro Mutidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães (CMLEM), foram selecionados entre aqueles com capacidade de inibir o crescimento de fitopatógenos in vitro. Os isolados foram reativados a partir do estoque (Castellani). Após reativação (28 °C ± 2 por até sete dias), os aspectos macromorfológicos foram contrastados com os previamente descritos. Quatro isolados foram escolhidos, devido ao seu grau de esporulação, para ensaios de caracterização funcional e avaliação de resistência a estresses abióticos, incluindo crescimento em diferentes meios de cultura, sob estresse salino, em diferentes temperaturas e pHs. A micromorfologia dos fungos foi explorada por meio de microcultivo, permitindo a observação de estruturas vegetativas e reprodutivas sob microscópio óptico. Os resultados indicaram que o fungo V5F2 demonstrou crescimento ótimo nos meios BDA e SDA, mais baixo em meios salinos e Czapeck. O V10F2 exibiu excelente crescimento, exceto no BDA sem hidróxido de sódio. Com relação à temperatura, todos os isolados, exceto o fungo V5F2, demonstraram um crescimento completo, a 25ºC, indicando uma boa adaptação à temperatura ambiente. Contudo, nenhum dos isolados foi capaz de alcançar um crescimento satisfatório a 40ºC, o que indica uma incapacidade geral de adaptação a condições de temperatura extrema. Em relação ao pH, a maioria dos isolados cresceu bem, exceto V5F2 em pH ácido. No que diz respeito à elucidação taxonômica, o isolado V10F2 foi identificado como pertencente ao gênero Rhizoctonia. Novos esforços devem ser empreendidos a fim de alcançar a identificação dos demais isolados.