Navegando por Autor "Marcela Carré Camilotti"

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    Desafios no diagnóstico de tuberculose em indivíduos portadores do vírus HIV : uma revisão interativa
    (Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2025) Marcela Carré Camilotti; Juliane Vilela Ferreira Salomão
    Resumo : O vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca e reprime o sistema imunológico do indivíduo, deixando-o suscetível a outras infecções. No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.909 novos casos de HIV, e a detecção precoce está diretamente associada a reduções na morbimortalidade. Dentre as doenças infecciosas recorrentes em pacientes com HIV, a tuberculose é a doença oportunista mais importante em todo o mundo e é a principal causa de mortalidade relacionada ao HIV/AIDS. Um indivíduo vivendo com o HIV apresenta 28 vezes mais chances de contrair tuberculose de um indivíduo não portador da doença e como resultado, em 2015, 22% das pessoas diagnosticadas com a coinfecção foram a óbito. Diante destes números o presente estudo teve por objetivo verificar as principais dificuldades no diagnóstico da tuberculose em pacientes com HIV através de uma revisão integrativa através de artigos nas bases PubMed/Medline, Web of Science e Elsevier. Foram selecionados artigos publicados entre 1992 e 2022. Os resultados deste estudo demonstraram que os testes diagnósticos mais investigados foram o teste Xpert MTB/RIF e o teste de lipoarabinomanan urinário (LAM), sendo esses mais eficazes do que os outros por apresentarem um resultado rápido, maior sensibilidade de resultado e não necessitar de escarro. As principais dificuldades no diagnóstico da tuberculose em pacientes com HIV foram quantidade e qualidade do material biológico, erros relacionados à coleta e envio dos testes, perda de prontuários e falta de segmento por parte dos pacientes. Conclui-se que o diagnóstico de maior especificidade, precisão e rapidez no resultado diminui o tempo para o início tratamento de tuberculose assim como, favorece a manutenção da terapia antirretroviral, fatores primordiais no aumento da sobrevida de indivíduos que vivem com o vírus do HIV e coinfectados com tuberculose.