Empacotamento de partículas em composições granulométricas de agregados miúdos : efeitos na consistência, resistência à compressão axial e porosidade de argamassas

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Data
2025
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Editor
Universidade Federal do Oeste da Bahia
Resumo
RESUMO Os agregados são materiais importantes na composição de concretos e argamassas não somente pela questão econômica (enchimento), mas também pelas suas características físicas que determinam o desempenho do material tanto no estado fresco quanto no estado endurecido. A variabilidade morfológica e dimensional dos grãos dos agregados, quando combinadas, possibilita a obtenção de um esqueleto granular compacto, apresentando uma máxima densidade de empacotamento, o que pode alterar as propriedades do concreto e das argamassas, além de contribuir para a redução do consumo de cimento. Dessa forma, para resultar em um bom empacotamento é primordial que as partículas apresentam uma boa interação entre si, o que normalmente não ocorre nas misturas de concreto produzidas na região do oeste da Bahia, pelo fato do agregado miúdo comercializado na região possuir deficiência de partículas superiores a 0,60 mm. A ausência destes grãos ocasionará descontinuidade na distribuição granulométrica quando da mistura com o agregado graúdo. Portanto há que se adequar a amplitude granulométrica do agregado miúdo regional, o que pode ser realizado por meio de composição com pó de brita. O presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito do empacotamento de partículas em cinco composições granulométricas obtidas através de diferentes agregados miúdos, sendo eles: areia fina e pó de brita disponibilizados comercialmente na região de Barreiras-Ba, areia grossa, originária de Goiânia-GO, a qual foi fracionada por peneiramento com intuito de obter uma composição de distribuição granulométrica similar à determinada pelo modelo de Funk e Dinger (1992) e duas composições granulométricas obtidas pela mistura da areia fina e do pó de brita. A mistura de 45% de areia fina e 55% de pós de brita adequou a distribuição granulométrica aos limites da zona ótima preconizada na norma NBR 7.211: 2005. A mistura de 30% de areia fina e 70% de pó de brita foi concebida para a obtenção de máximo empacotamento conforme modelo de Funk e Dinger (1992). O modelo CPM (Compressible Packing Model) de De Larrard (1999) foi utilizado para determinação das densidades de empacotamento real e virtual de cada agregado miúdo estudado, enquanto a densidade de empacotamento experimental foi realizada em laboratório. Nas argamassas executadas com os diferentes agregados miúdos foram avaliadas a consistência, a resistência à compressão e porosidade até 28 dias de idade. Os resultados indicaram que a densidade de empacotamento não depende apenas da distribuição granulométrica, mas também da morfologia e textura superficial dos grãos. A fluidez das argamassas tende a aumentar quanto maior for o empacotamento das partículas. A resistência à compressão, de maneira geral, está relacionada ao empacotamento de partículas do agregado miúdo, apesar de discrepâncias terem sido observadas. O empacotamento de partículas pouco influenciou na variação da porosidade das argamassas ao longo do tempo
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Oeste da Bahia, como requisito à obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Palavras-chave
Porosidade, Empacotamento de partículas, Distribuição granulométricas, Consistência das argamassas, Resistência à compressão
Citação
RODRIGUES, Camila Silva. Empacotamento de partículas em composições granulométricas de agregados miúdos: efeitos na consistência, resistência à compressão axial e porosidade de argamassas. Barreiras, BA, 2018. 96 f. TCC (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal do Oeste da Bahia, Barreiras-BA, 2018
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