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Navegando TCC por Autor "Ítalo Ricardo Santos Aleluia"
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- ItemDeterminantes locais da territorialização na atenção primária à saúde(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2025) Lucas Toriyama Ribeiro; Ítalo Ricardo Santos AleluiaResumo : O processo de territorialização figura como um dos macroprocessos básicos da Atenção Primária a Saúde (APS), embasando outras ações previstas neste nível de atenção, como a análise situacional de saúde e adscrição territorial/populacional. Grande parte do conhecimento produzido sobre territorialização da APS, ainda está centrado num âmbito muito abstrato e ideológico. Pouco se discute ou sequer problematiza os determinantes político-locais no espaço das Equipes de Saúde da Família (EqSF) e em que medida isso afeta a territorialização. Essa pesquisa realizou um estudo de caso qualitativo da territorialização na APS e nível analítico centrado no âmbito local das EqSF, em um município do Oeste da Bahia. Utilizou-se como referencial teórico, a obra de Milton Santos (Espaço e Método). Participaram do estudo, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), gerentes das EqSF, gestores da APS e um ator da Universidade. Para produção dos dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e um grupo focal. Todo processamento das informações ocorreu no Software de análise qualitativa QRS NVIVO, versão 11, onde as informações produzidas foram trianguladas e cotejadas com as categorias do referencial teórico adotado, a saber: o espaço e seus elementos. Os achados deste estudo apontaram persistente fragmentação do processo de territorialização da APS, marcado por disputas territoriais e resistência ao remapeamento e atualização cadastral. Estes conflitos culminam em territórios parcialmente assistidos pelos ACS e EqSF e consequente dificuldade de acesso que enseja o modelo demanda-dependente e a insatisfação das comunidades adscritas. As organizações do tráfico de drogas e a violência no território aparecem como os elementos do espaço mais determinantes no processo de territorialização, uma vez que induzem uma tentativa de regulação sobre o fluxo dos profissionais e dos usuários da APS no território. A acessibilidade e a infraestrutura das vias também aparecem como elementos decisivos no processo, principalmente no âmbito rural. São pontos críticos que limitam as práticas de territorialização: a insuficiência de ACS para acompanhamento da demanda territorial; a existência de imóveis irregulares em áreas socioeconomicamente vulneráveis; áreas com importante quantidade de prédios residenciais; usuários que trabalham durante o horário institucional de visitação; a interferência da mudança do modelo de Unidade Básica de Saúde para Unidade de Saúde da Família na implementação da territorialização; e a existência de bares favorecendo vulnerabilidades. Outros achados deste estudo incluem a influência da implementação de tecnologias de informações no processo de territorialização, principalmente no que tange aos cadastramentos individuais/familiares e à análise e monitoramento sociossanitário do território. Contudo, os benefícios dessas tecnologias são ofuscados pela inabilidade dos profissionais de lidarem com equipamentos eletrônicos e pela precária informatização e conectividade das unidades de saúde.
- ItemRegionalização da atenção ao parto e nascimento no Sus: revisão sistemática emodelização.(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2021) Sabrina Miranda de Abreu Castro; Ítalo Ricardo Santos AleluiaO Sistema Único de Saúde (SUS) deve assegurar às mulheres, gestantes ou puérperas uma atenção humanizada e integral. Contudo, mortes maternas e neonatais persistem em altos índices, sobretudo nas regiões Sudeste e Nordeste do país, embora desde 2011 o Brasil tenha instituído um modelo assistencial de parto e nascimento regionalizado. Apesar da existência de estudos que abordam a assistência regionalizada ao parto e nascimento, não há uma sistematização da literatura sobre quais características devem ter a gestão e a atenção perinatal nas diferentes regiões de saúde. O presente estudo teve como objetivo sistematizar na literatura nacional e internacional, e em normativas, as características da gestão e da atenção perinatal regionalizada e propor um modelo lógico avaliativo. Trata-se de um estudo metodológico, a partir de revisão sistemática da literatura. Incluíram-se artigos nacionais e internacionais, selecionados nas seguintes bases de dados: PUBMED, LILACS, Scielo, Web of Science e SCOPUS, e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. A seleção dos artigos foi realizada por duas revisoras de forma duplo-cega, obedecendo aos seguintes critérios de inclusão: estudos avaliativos sobre atenção perinatal com foco na diretriz da regionalização de sistemas de saúde; que avaliaram características da atenção e gestão perinatal regionalizada; com abordagem quantitativa, qualitativa e de métodos mistos; publicados de 2010 a 2020, nas línguas inglesa e portuguesa. A sistemática de seleção, exclusão e inclusão dos artigos seguiu as recomendações do protocolo Prisma para estudos de revisão sistemática e seu gerenciamento contou com o apoio dos softwares Mendeley (exclusão de duplicatas) e Ryyan (exclusão por título e resumo). A avaliação da qualidade metodológica dos artigos incluídos foi realizada com o instrumento MMAT (Mixed Methods Appraisal Tool – Versão 2011). Incluíram-se na pesquisa também, normativas do Ministério da Saúde brasileiro sobre a política de atenção materno-infantil. Foram incluídos na revisão sistemática 17 estudos, sendo 11 internacionais e seis nacionais. Os estudos internacionais focaram, sobretudo, na assistência perinatal, por meio da análise das percepções das gestantes sobre o local de parto. Já os estudos nacionais buscaram compreender o funcionamento da rede materno-infantil. Com base nesta revisão, as dimensões a saber foram: infraestrutura, planejamento e pactuação regional, gestão regional, qualificação regional, atenção perinatal e vigilância regional. O modelo foi validado em estudo de caso na Macrorregião de Saúde Oeste da Bahia. Esse estudo, e os produtos advindos dessa pesquisa são ferramentas de grande importância para a avaliação de políticas de saúde no SUS, pois possibilitam um melhor planejamento dos serviços de atenção perinatal.