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Navegando TCC por Autor "Adriana Pereira França"
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- ItemPerfil epidemiológico do câncer do colo do útero na região de saúde de Barreiras.(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2025) Adriana Pereira França; Lucas Wilson Ferreira de AraújoResumo : O Câncer do colo de útero é o quarto mais frequente entre as mulheres no mundo, sendo o câncer pélvico mais comum entre as mulheres no Brasil. Está associado à infecção persistente por tipos oncogênicos do Papiloma Vírus Humano (HPV), porém faz-se necessária a presença de cofatores para o desenvolvimento da doença. Mesmo coexistindo com estratégias de controle, ainda são esperados, somente para o ano de 2022, no Brasil, 16.710 casos novos, sinalizando a importância da procura por falhas na execução de intervenção precoce. Logo, diante da extensão territorial do país, diversidade socioeconômica, cultural e política torna-se imprescindível direcionar as ações ao público alvo que exige maior atenção conforme o perfil epidemiológico local. Este trabalho dispõe-se ao objetivo de caracterizar o perfil epidemiológico do câncer do colo uterino na região de saúde de Barreiras, de janeiro/2014 a dezembro/202. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa e analítica, baseado na coleta e análise de dados secundários do DATASUS. Foram selecionadas variáveis epidemiológicas relativas às mulheres diagnosticadas com o câncer cervical e às características envolvidas na realização do exame citopatológico. Constatou-se, entre o primeiro e o último ano de análise, um aumento de 122,52% no total de exames realizados, entretanto com uma cobertura persistentemente baixa na população alvo (média, 40%) e crescimento de oito vezes no número de casos de câncer de colo do útero de 2014 para 2021. O estudo demonstrou que 5,9 % de mulheres acima de 64 anos ainda não haviam sido rastreadas e, quando submetidas ao exame, 99% tiveram como motivo a realização do screening. Foi observado que 23,9% dos diagnósticos ocorrem fora da faixa etária de rastreio e, nas mulheres acima de 64 anos, 46,3% são descobertos quando se encontram nas fases 3 e 4 de estadiamento. Verificou-se que a taxa de mortalidade saiu de 4,73 em 2014 para 5,0 em 2020, existindo ainda uma precocidade do óbito. Os resultados alcançados corroboram com os encontrados em literaturas científicas atuais que, mesmo diante de programas de prevenção e rastreio precoce do CCU disponíveis, ainda permanecem altas as taxas de mortalidade, demonstrando a relevância do rastreamento organizado e observando a dinâmica populacional local. Estudos com esse constituem importantes ferramentas de identificação da real situação epidemiológica, oportunizando melhor tomada de decisão.