CCBS - Centro das Ciências Biológicas e da Saúde
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando CCBS - Centro das Ciências Biológicas e da Saúde por Título
Agora exibindo 1 - 13 de 13
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAnálise da anatomia do sistema vertebrobasilar em cadáveres humanos(2022) Lucas Tosta Barbosa; Any Kelly Gomes de LimaResumo : INTRODUÇÃO: O sistema vertebrobasilar é encarregado por irrigar a porção posterior do encéfalo, todavia, a apresentação de variações anatômicas não é incomum de se encontrar. Ademais, estudos em diferentes regiões do mundo associam tais divergências anatômicas à eventos patológicos como acidente vascular encefálico e aneurisma. OBJETIVO: Analisar a anatomia do sistema vertebrobasilar em cadáveres adultos. Metodologia: Foi analisado por meio de um estudo transversal, quantitativo e descritivo a anatomia dos vasos que irrigam a parte posterior do encéfalo humano submetidos a necropsia no Setor Médico Legal da Coordenadoria Regional de Polícia Técnica da cidade de Barreiras-BA. Os dados foram registrados por meio de fotografias, com posterior análise para averiguar a associação dos achados com a idade, sexo, raça/cor, altura e peso. RESULTADOS E CONCLUSÕES: As variações anatômicas mais encontradas nos pacientes adultos analisados foram a agenesia e duplicação. Contudo, foi localizado em um mesmo indivíduo, a bifurcação precoce da ACS esquerda e a duplicação da ACS direita, condição ainda não encontrada, na literatura a qual se teve acesso. Observou-se também que o presente estudo obteve resultados estatisticamente significativos associando ao diâmetro das artérias vertebrais direita e esquerda. Em contrapartida não foi possível encontrar valores estatisticamente significativos quanto a associação entre o diâmetro da artéria basilar e as variáveis: raça/cor, a estatura e a idade; tal fato pode ter ocorrido em função das dificuldades e se obter um número amostral maior.
- ItemAnálise da influência da doença falciforme na gravidade em casos de covid-19.(2022) Alexandre de Oliveira Gois; Camila Almenara Cruz PereiraResumo : A doença falciforme (DF) é uma doença hereditária do tipo autossômica recessiva caracterizada pela alteração no formato dos glóbulos vermelhos, tornandoos semelhantes a foices. Essa doença é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Há o entendimento de que as modificações cardiovasculares causadas pela DF possam causar efeito sinérgico negativo quando associadas às disfunções fisiopatológicas da COVID-19. No entanto, não se sabe se indivíduos com DF correm maior risco de gravidade da COVID-19 em comparação com a população geral. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar a relação entre doença/traço falciforme e o risco de agravamento de COVID-19. Tratase de uma revisão sistemática na qual foram utilizadas as bases de dados Pubmed/Medline, Literatura Latino-americana e Caribenha em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Web of Science e Portal de Periódicos CAPES. Os descritores utilizados na busca foram "sickle cell disease" e "COVID-19". Foram incluídos estudos publicados nos idiomas português e inglês, entre 2020 e 2021 e que avaliaram a gravidade da COVID-19 em pacientes com DF. Foram excluídos artigos pré-impressos, estudos de revisão, relato/series de casos, estudos sem grupo de comparação, não disponibilizados na íntegra ou de forma gratuita e os que não abordassem a temática de interesse. Foram identificados 347 registros. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, sete artigos foram analisados. Os estudos avaliaram mortalidade, hospitalização, complicações relacionadas à COVID-19, tempo médio de internação, admissão em unidade de terapia intensiva, necessidade de intubação e de ventilação mecânica invasiva. Os resultados dessa revisão mostraram que pacientes com doença falciforme infectados com COVID-19 apresentaram maior risco de mortalidade, hospitalização, visitas ao serviço de emergência e complicações da COVID-19 quando comparados a indivíduos sem DF. No entanto, ainda são controversos os resultados de outros desfechos avaliados. Da mesma forma, os estudos que avaliaram os pacientes com traço falciforme ainda são inconclusivos. Ressalta-se a importância de mais estudos que avaliem os riscos associados à COVID-19 em pacientes com doença/traço falciforme.
- ItemAnálise morfológica do polígono de Willis em cadáveres humanos.(2022) Giovana Melo Faria; Any Kelly Gomes de LimaResumo : Introdução: O polígono de Willis (PW) é uma estrutura complexa e imprescindível para a irrigação encefálica, sendo composto por dez artérias que estabelecem uma íntima relação com importantes estruturas adjacentes. Em teoria, existe um padrão morfológico do PW tido como “normal”, porém estudos relatam que suas variações anatômicas são muito frequentes. Tais variações podem culminar em implicações clínicas e cirúrgicas, evidenciando assim a necessidade cada vez maior de se cumprir o principal objetivo do presente estudo, que foi analisar o padrão morfológico do PW em encéfalos humanos na região estudada. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo da anatomia dos vasos que compõem o PW de 37 encéfalos humanos dissecados (3 infantis e 34 adultos), cujos dados registrados por meio de formulário e fotografias foram analisados individual e estatisticamente. Resultados: Apenas 3 dos encéfalos analisados apresentaram o PW normal, sendo um infantil e dois adultos. Dessa forma, 94,1% dos polígonos adultos apresentaram alterações morfológicas, tais como duplicações, agenesia e hipoplasia de vasos. A associação entre PW variantes e idade dos indivíduos se mostrou estatisticamente significante (P=0,006). Não houve associação entre as variações do PW e as variáveis sexo, raça/cor e altura. Conclusão: Esse estudo provoca um questionamento na academia brasileira no que diz respeito às pesquisas anatômicas nacionais. Urge a necessidade de novos trabalhos na área serem realizados para que associações possam ser feitas e, talvez, o PW seja finalmente desvendado.
- ItemAnálise sobre a relação entre a mortalidade por COVID-19 e a hipertensão arterial sistêmica.(2022) Enzo Henrique Santos Dourado; Camila Almenara Cruz PereiraResumo : A pandemia pelo SARS-COV-2 trouxe grande impacto na área de saúde, colocando em risco a vida da população, uma vez que o seu retrato é representado pelas milhões de mortes pelo mundo. Aliado a isso, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença crônica não transmissível que afeta cerca de 31% da população adulta global, tem se revelado como uma das principais comorbidades relacionadas a pacientes infectados pelo Sars-Cov-2, inclusive na mortalidade pela doença em curso. A presente revisão sistemática é descritiva e com abordagem qualitativa com o objetivo de reunir e expor evidências que relacionem a letalidade da COVID19 e a HAS. Para isso, foram selecionados materiais bibliográficos publicados em 2021, disponíveis virtualmente, nos sites: PubMed; Scielo e LILACS. A busca foi guiada pelas palavras-chave em português: “Covid-19” ou “Sars-Cov-2”; “Hipertensão Arterial Sistêmica” e “Mortalidade”. Os termos que requerem tradução em língua inglesa, foram as palavras chaves junto com seus conectores: “Covid-19” ou “Sars-Cov-2” and “Hypertension” ou “High blood pressure” and “Mortality”. As buscas nos portais foram realizadas em março de 2022. Foram identificados 104 artigos nas bases de dados, dos quais 10 foram excluídos por serem duplicatas. Outros 83 foram excluídos por não se adequarem aos critérios de inclusão do estudo como o desenho do estudo, disponibilidade do texto de forma gratuita e a escrita em português ou inglês, restando 11 artigos para a revisão. A HAS se mostrou como um fator determinante na mortalidade pela COVID-19, já que todos os estudos apontaram maior taxa de mortalidade por COVID-19 em pacientes com HAS. Dessa forma, a HAS se revelou como um importante fator de risco para a mortalidade em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 e, portanto, maior atenção deve ser dada a esses pacientes.
- ItemAvaliação do polimorfismo -819 t/c de il-10 na infecção por sars-cov-2 em pacientes da região oeste da Bahia.(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2022) Danny Victoria Barbosa MoraesNo dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, uma pandemia (WHO, 2020). A COVID-19 é considerada uma doença altamente imprevisível, pendendo entre casos leves, de simples síndrome gripal, a casos graves com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesse sentido, diversos estudos evidenciaram o fenômeno chamado de “tempestade de citocinas” como um dos mais importantes fatores determinantes do quadro clínico dos pacientes infectados com a doença pelo alto nível de inflamação causado a nível celular. Entre as citocinas participantes desse fenômeno está a Interleucina 10, que é produzida principalmente por macrófagos e inibe a expressão de citocinas do padrão Th1 (pró-inflamatórias), a ação de células apresentadoras de antígenos (APC’s) e algumas funções das células T, diminuindo a amplitude da resposta inflamatória do organismo. Nesse sentido, níveis elevados de IL-10 podem ser considerados marcadores e preditores de gravidade da COVID-19. Apesar de sua elevada importância, são escassos os estudos que relacionam os polimorfismos de região promotora da IL-10 com os mais diversos quadros clínicos da COVID-19. Assim, este estudo buscou relacionar o polimorfismo rs1800871 (-819 T -> C), que afeta a transcrição gênica da interleucina 10, com o quadro clínico dos indivíduos participantes. Para isso, foi selecionada uma coorte de 225 indivíduos da região Oeste da Bahia, subdivididos em 4 grupos com quadros clínicos distintos: “óbitos”, “internação”, “COVID positivo” e “COVID negativo”. As amostras foram genotipadas a partir de RT-PCR. Na investigação dessa variante, foi verificada uma associação da frequência genotípica com o quadro clínico dos indivíduos investigados ao comparar-se o grupo “positivos” com os grupos “óbitos” (X²=8,233; p=0,0163), “internação” (X²=6,389; p=0,041) e “negativos” (X²=15,57; p=0,0004). Além disso, foi encontrada diferença estatisticamente significante ao se comparar as idades dos pacientes pertencentes aos grupos (teste ANOVA – valor de p<0.0001). Os resultados sugerem que a mutação pode ser um fator protetivo para a doença. Este trabalho descreve, pela primeira vez, a frequência dessa variante no Oeste da Bahia, sendo de extrema importância para compreensão do panorama genético da população da região.
- ItemHábitos Alimentares do Brasil: uma abordagem sobre as influências da alimentação do Benim(2022) Teles, Déborah de SousaIntrodução: A alimentação é uma prática que exterioriza as relações, dessa maneira, os hábitos alimentares de um povo, se caracterizam como um conjunto de práticas que comumente se repetem ao longo do tempo. A construção do hábito alimentar brasileiro possuiu a influência de três povos, sendo eles os europeus, os indígenas e os africanos. Esse trabalho foca no papel do Benim, país que teve destaque no tráfico transatlântico de escravos, e as influências beninenses para as colaborações na cultura e identidade alimentar brasileira Objetivo: Analisar as influências da alimentação do Benim para a formação dos hábitos alimentares do Brasil, apontando semelhanças entre a alimentação dos dois países. Metodologia: Trata-se de um estudo etnográfico em caráter digital, em que o contato com o campo se deu por meio de conteúdos audiovisuais, usando como base documentários baseados em livros e que descrevem a realidade desses países. Resultados e Discussões: Percebe-se, portanto, que a relação entre Benim e Brasil é diaspórica, em que o país sul-americano recebe como herança africana influência nas esferas da sua formação cultural e social, bem como, é possível perceber a identidade em comum entre os alimentos e preparações destes países com os consumidos aqui no Brasil. Conclusão: Considera-se, assim, que o Benim influencia muitos aspectos da identidade brasileira, como alimentação, cultura, hábitos alimentares, modo como se come e relação da comida com as religiões de matriz africana, colaborando com a formação e manutenção da identidade alimentar brasileira. Palavras - chave: Hábitos Alimentares; Benim; Brasil; Alimentação; África.
- ItemO EMPREGO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR O USO DE OPIOIDES NA ANALGESIA APÓS COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2022) FAGNER FERNANDES DA SILVA; Pablinny Moreira Galdino de CarvalhoA colecistectomia laparoscópica é a indicação cirúrgica para pacientes com doença comprovada da vesícula biliar. Inerente a todo trauma cirúrgico, a dor é um evento quase certo no pós-operatório, esse estado, em alguns pacientes, pode sofrer uma transição da fase aguda para um processo crônico, o qual causa angustia e incapacidade, além de contribuir com o aumento do consumo de drogas que apresentam efeitos adversos potencialmente graves, além do risco de dependência, como é o caso dos opioides. A utilização de fármacos com maior perfil de segurança e que não apresentam tantos riscos a curto prazo, a exemplo dos anti-inflamatórios não esteroidais, dentro do contexto da analgesia multimodal, permite a diminuição da necessidade do uso de opioides e, consequentemente, dos efeitos negativos destes fármacos. Objetivos: descrever e analisar artigos científicos que avaliem o emprego de anti-inflamatórios não esteroidais como parte das estratégias analgésicas para a redução da necessidade de opioides no pós-operatório da colecistectomia laparoscópica, vantagens e desvantagens, eficiência, além de momentos, associações e vias de administrações das drogas estudadas. Metodologia: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura cientifica, com busca na base dados eletrônica Medline (via PubMed). Foram elegíveis estudos do tipo ensaio clínico randomizado, coorte prospectiva, coorte retrospectiva estudos de caso controle e estudos descritivos publicados entre os anos de 2015 e 2021; disponíveis em português ou inglês. Resultados: Dos 934 artigos encontrados, 8 artigos foram elegíveis. Os AINEs avaliados foram ibuprofeno, celecoxibe, dexcetoprofeno trametamol, diclofenaco sódico, cetorolaco e parocoxibe, em 5 trabalhos os fármacos foram avaliados isoladamente e, nos 3 restantes, em associação com outros medicamentos, apenas a pregabalina isolada e/ou associada com celecoxibe não resultaram em melhora significativa, em relação ao grupo controle, quanto consumo de opioides e eficácia analgésica. Conclusão: O ibuprofeno é o fármaco que apresenta maior literatura ratificando seu benefício, apenas o celecoxibe não obteve maior eficiência em comparação a outros tratamentos. Quanto as vias de administração, a via intravenosa foi a mais avaliada e também mais efetiva. O momento mais adequando para o uso dos AINEs aparenta ser o preemptivo. Nenhuma estratégia apresentou, dentro de suas amostras, quaisquer efeitos adversos que contraindicassem o uso de algum dos fármacos.
- ItemO uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) para disfunção erétilem pacientes com apneia obstrutiva do sono: uma revisão integrativa.(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2023-01) Bruna Gonçalves Ramalho; Lívia de Vasconcellos Gonzada KnuppResumo : Introdução: A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio crônico comum, caracterizado pelo colapso das vias aéreas superiores repetitivo durante o sono, que tem sido associada a várias patologias, entre elas, a disfunção erétil. Um dos possíveis mecanismos causadores da disfunção erétil em consequência da apneia obstrutiva do sono é por meio da disfunção endotelial, que prejudica a liberação de óxido nítrico, acarretando na incapacidade do músculo liso de relaxar, que por sua vez, resulta em falta de fluxo sanguineo para os corpos cavernosos, levando a disfunção. O CPAP, tratamento padrão outro para apneia osbtrutiva do sono moderada a grave, possibilita o regresso da disfunção endotelial, aumentando a propriedade regenerativa do endótelio, podendo assim, ser considerada uma possível alternativa aos tratamentos medicamentosos para pacientes que sofrem de disfunção erétil e apneia obstrutiva do sono. Objetivos: Descrever e analisar artigos científicos que avaliaram a efetividade do dispositivo de pressão positiva contínua nas vias aéreas como tratamento alternativo para disfunção erétil em pacientes diagnosticados com apneia obstrutiva do sono. Metodologia: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados eletrônicas PUBMED, SciELO e LILACS. Foram incluídos estudos do tipo ensaio clínico randomizado, coorte prospectiva, coorte retrospectiva e estudos de caso controele; que avaliaram o uso de CPAP e sua efetividade no tratamento de disfunção erétil em pacientes com apneia obstrutiva do sono; publicados nos últimos 18 anos; disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol; e que apresentaram texto completo em formato eletrônico. Resultados: Foram elegíveis 9 artigos que identificaram o potencial terapêutico do dispositivo de pressão positiva contínua nas vias aéreas, a curto e longo prazo, em melhorar a função erétil em pacientes com disfunção erétil e apneia obstrutiva do sono. Desses estudos, 66,6% demonstraram melhora parcial na disfunção erétil, por meio de mudanças significativas no Índice Internacional de Função Erétil após tratamento com CPAP. A melhora total foi relatado em 33,3% dos artigos, porém apenas um estudo relatou a cura em todos os participantes envolvidos. Conclusões: os resultados encontrados no presente estudo demonstraram que de forma geral, o uso do dispositivo de pressão positiva contínua nas vias aéreas para tratar disfunção erétil em pacientes com apneia obstrutiva do sono é promissor, apesar de ter sido totalmente efetivo em apenas 33,3% dos artigos investigados. Tais resultados podem ser atribuidos aos fatores limitantes dos artigos analisados e a falta de ensaios clínicos sobre o tema, visto que no ano de 2025 é estimado que mais de 300 milhões de homens irão sofrer de disfunção erétil e 69% serão portadores de apneia obstrutiva do sono, tem-se a necessidade de que mais estudos sejam realizados.
- ItemPerfil de prostaglandina E2 em pacientes com diferentes estágios clínicos da COVID-19(2022-07-01) Maria Juliana Bezerra Costa; Universidade Federal do Oeste da BahiaIntrodução: A prostaglandina E2 (PGE2) é um dos principais produtos do metabolismo do ácido araquidônico e está relacionada com a modulação da resposta imune a infecções virais. Estudos recentes identificaram níveis aumentados de PGE2, bem como de outros eicosanoides, no plasma e no lavado bronco-alveolar de pacientes com COVID-19. Esse mediador é capaz de modular as respostas imunes em vários tipos de células durante a infecção por SARS-CoV-2, influenciando a patogênese da COVID-19. Dessa forma, a PGE2 parece ser importante para o desenvolvimento da infecção. Metodologia: Nesse contexto, foi realizado um estudo de corte transversal durante a primeira onda da pandemia, no qual foram avaliados os níveis plasmáticos de PGE2 de pacientes em diferentes estágios clínicos da COVID-19, a saber: não infectados (NI, n=10), curados (C, n=13), moderados (M, n=29), graves (G, n=15) e óbitos (O, n=11). Para as dosagens de PGE2 e de dímero-D, foram realizados testes por ELISA; para a quantificação da carga viral, foi feita a técnica de RT-qPCR. Resultados: Nesta análise, os níveis plasmáticos de PGE2 estavam mais baixos em pacientes com COVID-19, quando comparados com controles saudáveis, porém, os níveis desse mediador não foram relacionados à carga viral nem estavam mais elevados no plasma de pacientes com doença mais grave. Ademais, não foram encontradas correlações estatisticamente significantes entre PGE2 nem com níveis plasmáticos de dímero-D nem com a carga viral. Conclusão: Os níveis plasmáticos de PGE2 não estão associados com a gravidade da COVID-19. Pacientes hospitalizados com COVID-19 são frequentemente tratados com corticosteroides e com anti-inflamatórios não-esteroidais, os quais podem ser responsáveis pela redução de PGE2 observada nos resultados. Análises adicionais deverão ser realizadas para avaliar a participação dos receptores de PGE2 em pacientes com diferentes formas clínicas da COVID-19. Palavras-chave: COVID-19, Prostaglandina E2, Carga viral, SARS-CoV-2.
- ItemRegionalização da atenção ao parto e nascimento no Sus: revisão sistemática emodelização.(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2021) Sabrina Miranda de Abreu Castro; Ítalo Ricardo Santos AleluiaO Sistema Único de Saúde (SUS) deve assegurar às mulheres, gestantes ou puérperas uma atenção humanizada e integral. Contudo, mortes maternas e neonatais persistem em altos índices, sobretudo nas regiões Sudeste e Nordeste do país, embora desde 2011 o Brasil tenha instituído um modelo assistencial de parto e nascimento regionalizado. Apesar da existência de estudos que abordam a assistência regionalizada ao parto e nascimento, não há uma sistematização da literatura sobre quais características devem ter a gestão e a atenção perinatal nas diferentes regiões de saúde. O presente estudo teve como objetivo sistematizar na literatura nacional e internacional, e em normativas, as características da gestão e da atenção perinatal regionalizada e propor um modelo lógico avaliativo. Trata-se de um estudo metodológico, a partir de revisão sistemática da literatura. Incluíram-se artigos nacionais e internacionais, selecionados nas seguintes bases de dados: PUBMED, LILACS, Scielo, Web of Science e SCOPUS, e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. A seleção dos artigos foi realizada por duas revisoras de forma duplo-cega, obedecendo aos seguintes critérios de inclusão: estudos avaliativos sobre atenção perinatal com foco na diretriz da regionalização de sistemas de saúde; que avaliaram características da atenção e gestão perinatal regionalizada; com abordagem quantitativa, qualitativa e de métodos mistos; publicados de 2010 a 2020, nas línguas inglesa e portuguesa. A sistemática de seleção, exclusão e inclusão dos artigos seguiu as recomendações do protocolo Prisma para estudos de revisão sistemática e seu gerenciamento contou com o apoio dos softwares Mendeley (exclusão de duplicatas) e Ryyan (exclusão por título e resumo). A avaliação da qualidade metodológica dos artigos incluídos foi realizada com o instrumento MMAT (Mixed Methods Appraisal Tool – Versão 2011). Incluíram-se na pesquisa também, normativas do Ministério da Saúde brasileiro sobre a política de atenção materno-infantil. Foram incluídos na revisão sistemática 17 estudos, sendo 11 internacionais e seis nacionais. Os estudos internacionais focaram, sobretudo, na assistência perinatal, por meio da análise das percepções das gestantes sobre o local de parto. Já os estudos nacionais buscaram compreender o funcionamento da rede materno-infantil. Com base nesta revisão, as dimensões a saber foram: infraestrutura, planejamento e pactuação regional, gestão regional, qualificação regional, atenção perinatal e vigilância regional. O modelo foi validado em estudo de caso na Macrorregião de Saúde Oeste da Bahia. Esse estudo, e os produtos advindos dessa pesquisa são ferramentas de grande importância para a avaliação de políticas de saúde no SUS, pois possibilitam um melhor planejamento dos serviços de atenção perinatal.
- ItemRELAÇÃO ENTRE SOLIDÃO E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2022) LARISSA DE JESUS ARRUDA; Bruno Klecius Andrade Teles.Introdução: O crescente aumento da população idosa, na última década, vem acompanhado de diversas transformações biopsicossociais próprias do processo de envelhecimento que refletem na saúde mental do idoso e aumentam a sua vulnerabilidade à depressão. Além disso, com o processo de urbanização, o avanço das tecnologias e o surgimento das relações virtuais, em associação a outros fatores, ocorre um aumento das queixas referentes à solidão, principalmente, na população idosa. Objetivo: Analisar, na literatura científica, como a solidão influencia na prevalência de sintomas depressivos em idosos institucionalizados. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, a qual foi realizada a partir da busca por estudos nas bases de dados eletrônicos: PubMed, BVS, Cochrane Library e Scielo, do ano de 2015 ao de 2019, desenvolvidos em inglês e/ou português, com uma estratégia de busca utilizando os descritores: “depression/ mental heath/ depressive symptoms AND loneliness AND elderly/ aged”. A pergunta norteadora foi elaborada a partir da estratégia PICO, sendo ela: “Qual a relação da solidão na prevalência de sintomas depressivos em idosos institucionalizados?”. Foram seguidas as instruções do Manual de Revisões do Ministério da Saúde e critérios PRISMA. Resultados: A solidão é um iportante predidor de depressão em idosos institucionalizados, além disso, outros fatores sociodemográficos, condições de saúde e pscicológicos foram associados a depressão, entre eles: a presença de doenças crônicas, maior incapacidade funcional, autoavaliação negativa do estado de saúde, ser solteiro e ou viúvo, ser do sexo feminino, doenças de etiologia somática, déficit funcional, neurossensorial e cognitivo, ruminação, isolamento social, antecedente de depressão, solidão, viuvez, perda de entes queridos, a própria institucionalização, estresse e a falta de suporte social e familiar inadequados. Conclusão: Os idosos institucionalizados apresentam alta prevalência de prevalência de sintomas depressivos. Tais resultados enfatizam a importância das condições de saúde e funcionamento para idosos institucionalizados que desenvolvem depressão. Além disso, apontam também para a importância de proporcionar oportunidades de interação entre os indivíduos institucionalizados
- ItemSequelas pulmonares pós infecção para sars-cov-2 sob análise dos achados clínicos: uma revisão de literatura.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA, 2021) Isaías Filipe Assunção de Sousa; Marcello Da Silveira Paschoalini.Em 2020 foi elucidado que o agente etiológico que causava pneumonia era SARSCoV-2 um patógeno que é responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave, a qual foi batizada como a doença do coronavírus 2019, denominada, Covid-19. A infecção ocorre principalmente por meio da inalação ou contato com gotículas liberadas nas secreções respiratórias, pela tosse, espirros ou fala de uma pessoa infectada. É importante ainda destacar que SARS-CoV-2 pode permanecer viável em aerossóis por aproximadamente três horas e em superfícies por até nove dias. Objetivo: Avaliar quais as sequelas pulmonares deixadas pela covid 19, sua severidade e prevalência. Método: Trata-se de um estudo de revisão sistemática de literatura baseado na análise de aspectos metodológicos, que tem a finalidade de sumarizar resultados de estudos nacionais e internacionais que analisaram as sequelas pulmonares em pacientes que foram infectados por SARS-CoV-2. Será utilizado artigos científicos indexados nas bases de dados LILACS, MedLine/PubMed e SciELO. Os critérios para inclusão dos estudos serão: estudos que analisem sequelas de pacientes com COVID-19, com enfoque em sequelas pulmonares; artigos publicados em português e inglês; e estudos publicados a partir de 2020. Resultados e Conclusão: Em suma, essa revisão sistemática apresenta resultados que evidencia sequelas pulmonares deixadas pós infecção por SARS-CoV-2, não somente em pacientes que desenvolveram a forma grave da doença, como aqueles que apresentaram sintomas leves. A Fadiga e a Tosse são os sintomas mais comuns após a compilação dos dados. Diante disso, nota-se que o processo de reabilitação pulmonar exige uma atenção maior. Por fim, esses achados também ressalta a importância de intervenção de reabilitação para indivíduos que foram infectados por SARS-CoV-2 e foram curados
- ItemUSO DA BIÓPSIA LÍQUIDA NA DETECÇÃO DE BIOMARCADORES MOLECULARES PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL: uma revisão narrativa(Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2022) ANA CLARA LOPES DE FRANÇA OLIVEIRA; Pablinny Moreira Galdino de CarvalhoO câncer colorretal (CCR) é considerado a segunda neoplasia maligna que mais causa mortalidade mundialmente. Em 2020, sua incidência global foi responsável por cerca de 10% dos cânceres diagnosticados, representando 5,25 milhões de casos no mundo. Sabe-se que o diagnóstico precoce e uma terapêutica adequada para o CCR melhoram a sobrevida e a taxa de cura dos pacientes. Atualmente, o diagnóstico se baseia na presença de achados clínicos e na detecção de biomarcadores séricos, como o antígeno carcinoembrionário (CEA) e o antígeno CA19-9, estes também são úteis em termos de monitorização da resposta ao tratamento, além de achados histopatológicos e exames de imagem, métodos esses que variam em termos de sensibilidade e especificidade. A gênese do CCR pode estar relacionada a mutações genéticas somáticas adquiridas ou modificações epigenéticas. Dessa forma, a biópsia líquida surge como uma técnica promissora para o desenvolvimento e análise de novos marcadores moleculares e o conhecimento mais amplo da heterogeneidade tumoral e de mutações antes e após o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático, contribuindo assim para terapêuticas mais efetivas, alcançando melhores resultados em relação a sobrevida e refratariedade desses pacientes. Este estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que será desenvolvido a partir de método descritivo de busca e análise crítica, de pesquisas que correlacionem as vantagens do uso da biópsia líquida na detecção de biomarcadores para o tratamento do CCR. A busca pelos artigos será realizada nas seguintes bases de dados eletrônicas: Medline (via PubMed), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), ASCO (American Society of Clinical Oncology) e American Cancer Society, disponíveis online, publicados no período de 2012 a 2022, com acesso via internet. Espera-se que esse trabalho possa servir de incentivo a novas pesquisas que associem o uso e a importância da biópsia líquida para melhorar o prognóstico de pacientes com CCR, através de tratamentos direcionados e mais efetivos.